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O negócio de drones nos EUA tem sido apontado como “arriscado”. Há tantas histórias na imprensa promovendo o “medo” que as novas capacidades de dessa tecnologia são muitas vezes esquecidas ou pior, desvalorizadas.
As agências reguladoras em todo o mundo estão avançando com as regras e melhores práticas para mudar a maneira como os drones são utilizados. Os pioneiros drones comerciais estão ansiosos para passarem de “vilões” a “heróis”. A FAA tem como alvo o licenciamento de drones nos próximos 18 meses e anunciou um projeto chamado “Pathfinder” para testar e refinar a sua política de regulamentação. Para entendermos melhor esse processo, aqui está uma breve sinopse de onde estivemos e onde estamos hoje:
Vamos voltar para os primeiros dias da aviação, com os Irmãos Wright. Os irmãos Wright começaram com planadores lançados a partir de tiras de borracha como crianças; voo por voo, em busca de uma façanha de engenharia que o homem ainda tinha que conquistar.
Os primeiros voos de planador em Kitty Hawk pegaram a imaginação e admiração da nação e do mundo. O primeiro voo mecânico foi em dezembro de 1903, depois dos voos anteriores em 1901 e 1902. O mundo teve cerca de nove anos, nove anos maravilhosos, antes aeronave ser militarizada.
A primeira bomba foi lançada de um avião na Primeira Guerra Bávara em 1912. A utilização agrícola das aeronaves começou na década de 1920. (Como um adendo, vale ressaltar que haviam aeronaves anteriormente militarizadas, balões e similares, mas esta foi a primeira instância de um avião mecanizado a deixar cair uma bomba durante uma guerra).
As informações apresentadas são ótimos exemplos para nos ajudar a distinguir a diferença entre a percepção de transporte aéreo como um benefício ou de vê-lo como uma ameaça. A aviação prometeu meios de transporte mais rápidos e causou muito fascínio no público. Esta visão “positiva” da aviação foi totalmente transformada durante a Segunda Guerra Mundial.
Todos os países na Segunda Guerra Mundial passaram pela horrorosa experiência das bombas caindo dos aviões, e o uso da aviação na guerra, sem dúvida, ainda é a forma mais destrutiva e temida de armamento. O uso de armas na aviação como armas continuou a amedrontar até o século 21.
Isso nos traz de volta aos drones: a trajetória é praticamente idêntica à da aviação geral. Primeiro, uma breve distinção entre sistemas de aeronaves não tripuladas (UAV ou modelo aviões) e drones. O mercado de aviões não tripulados antecede aviação tripulada, os Irmãos Wright e seus planadores de fita de borracha poderiam ser considerados sistemas de aeronaves não tripuladas (VANTs).
Existem vários elementos nas regras da FAA para UAV, mas a “linha brilhante” entre VANTs e drones é que existem fins comerciais para o segundo. Embora existam regras para o quão alto, onde e quando você pode voar um VANT, o ato de voar drones ainda é ilegal nos EUA, a menos que se trate de um drone militar.
Em parte por causa da regulamentação e em parte por causa de sua representação em filmes, os drones de mídia tornaram-se intimamente associados com a utilização militar e de espionagem.
O uso de drones para uso militar e de espionagem se formatam de modo bem parecido com a aviação tripulada. Aviões foram utilizados para os fins semelhantes desde 1912, passando, com o tempo, a servir para fins comerciais, viagens, transporte e agricultura, por exemplo.
Os drones estão estreitando a associação com os militares e movendo-se para a esfera comercial. A Amazon está levando adiante a ideia de usar drones para entrega de pacotes, a CNN está trabalhando para usá-los para obtenção de fotos e vídeos aéreos muito remotos, devastados ou muito perigosos para filmar com uma tripulação (como o ocorrido em Nepal, por exemplo).
A Agribotix está trabalhando com clientes no mundo inteiro para trazer drones e softwares analíticos para a agricultura (seca, pragas e análise de fertilizantes) para melhorar a produtividade das culturas e reduzir os custos de alimentos.
Estas iniciativas vão movimentar os drones na direção da aviação geral, além de fins militares, em aplicações diversificadas que servem o bem maior. Dessa forma, movendo a percepção pública dos operadores de drones nos EUA e no mundo a partir da inovação.
Fonte: Agribotix
Tradução e Adaptação: Kívia Mendes
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