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Você já ouviu falar do uso dos drones em projetos de Meio Ambiente, tem interesse ou dúvidas sobre esse tema? Então fica comigo nesta matéria.
Eu sou o Manoel Neto, engenheiro cartógrafo e fundador da DronEng – Drones e Engenharia, e através da Droneng nós ensinamos profissionais a utilizarem os drones em projetos de engenharia.
Drones em projetos de meio ambiente
A cartografia e o geoprocessamento já são amplamente utilizados em projetos do meio ambiente utilizando como base as imagens de satélite para gerar as soluções, o drone surge como mais uma ferramenta trazendo inovações e novas possibilidades para o mercado.
Em relação às imagens de satélite, as imagens dos drones possuem uma melhor resolução espacial. Por sobrevoar mais próximo do terreno, as imagens dos drones oferecem maior nível de detalhamento, e além disso, um dos grandes problemas da imagem de satélite é a cobertura de nuvem, pois o satélite acaba fotografando as nuvens ao invés da área de interesse, já através dos drones é possível sobrevoar abaixo das nuvens.
Isso não quer dizer que um é melhor que o outro, cada um tem seu campo de atuação, as imagens de satélites conseguem mapear grandes áreas além de possuir um histórico de vários anos da mesma área, o que é essencial em alguns tipos de projetos que trabalham com análise temporal, ou seja, as características do relevo em função do tempo.
Além disso, é perfeitamente possível utilizar as duas tecnologias em um mesmo projeto, utilizando as imagens de satélite para uma análise macro e o drone para análises mais pontuais.
Um exemplo de projeto é o licenciamento ambiental que é uma ferramenta de gestão pública que serve para certificar o controle das atividades humanas que afetam as condições do meio ambiente. Este processo autoriza, no contexto ambiental, a realização de alguns tipos de empreendimentos e atividades. A partir do mosaico de ortofoto, uma imagem de alta resolução georreferenciada é possível analisar a cobertura vegetal em detalhe para a geração dos documentos necessários para dar entradas nos órgãos competentes.
Segundo alguns alunos que já estão atuando no mercado com essa solução, além da produtividade, diminuição de custos e maior detalhamento, outro ganho que o drone traz é a agilidade do processo, pois com a imagem de alta resolução anexada ao produto, fica mais claro para o órgão avaliar o projeto e conceder as liberações.
É possível também realizar outras soluções, como por exemplo, mensuração de desmatamento e queimadas, determinação de áreas de preservação permanente, definição de reserva legal, projeto de supressão de árvores, entre outros.
Para atuar neste mercado o profissional deverá ter o conhecimento do mapeamento aéreo em áreas rurais, além disso, é importante ter o domínio de algum software GIS para importar o mosaico de ortofotos, extrair as informações necessárias e gerar as plantas topográficas exigidas pelos órgãos.
Aqui eu citei alguns exemplos de atuação, mas você conhece alguma outra solução? Se sim, deixe aqui nos comentários para enriquecermos o assunto.
Muito obrigado pela sua atenção e nos vemos na próxima matéria.
Quer ajuda para entrar nesse mercado? Nossa equipe está pronta para te atender. Solicite seu contato pela imagem abaixo e aproveite!