Experiência de quem está começando com drones

Tempo de leitura: 5 minutos

Autora: Eng. Janice Ferreira da Silveira | Formada em Engenharia Hídrica na UFPel. Consultora Ambiental na Reference Agronegócios, empresa que atua no segmento do agronegócio trazendo soluções em topografia e engenharia, georreferenciamento, licenciamento ambiental, além de certificações em armazenagem de grãos e mapeamento aéreo. Possui mais de meio ano de experiência em fotogrametria com drones trabalhando com mapeamento aéreo, principalmente, de áreas rurais.

Olá, pessoal. Me chamo Janice, recentemente concluí minha graduação em Engenharia Hídrica pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) no Rio Grande do Sul e tenho 24 anos. Após um convite do Manoel Neto, topei compartilhar com vocês em uma série de matérias a minha experiência (e meus tropeços!) de pouco mais de um ano com drones.

Tudo começou ainda dentro da Universidade (no final de 2013) período no qual tive aulas de Geotecnologias e então fiquei sabendo o que era um drone e ali meus olhos brilharam. Busquei informação sobre o assunto, mas em sua maioria as fontes dos artigos e as empresas do ramo fora do Brasil. Concluí que o mercado brasileiro ainda tinha muita expansão pela frente e por todas as possibilidades abertas e as várias áreas de atuação que essa ferramenta poderia ter, pensei: Quero trabalhar com drones, quero ainda construir meu próprio drone!

A ideia dos drones persistiu na minha cabeça até que, em meados de abril de 2014, ao conversar com meu futuro orientador ouvi as palavras mágicas: “Vamos adquirir um drone para o curso de Engenharia Hídrica! Poderemos fazer os mapeamentos de bacias hidrográficas com ele, mas são tantas possibilidades.. Vai ser muito interessante!”. Se a essa altura eu já estava empolgada, depois desse dia passei a viciada em todo tipo de conteúdo relacionado à drones.

Apenas em janeiro de 2015 recebemos o MicroVant Zangão V (de asa fixa), fabricado pela empresa Skydrones, cuja sede fica em Porto Alegre. A partir desse momento comecei a ver diversos conhecimentos por trás do avião. Conheci a palavra fotogrametria, softwares de processamento de imagens, a programação do voo autônomo, uma grande enxurrada de informação. E até o mês de Agosto, quando concluí a graduação, pude ter este contato direto e vivenciar as primeiras dificuldades operacionais do planejamento do voo, do campo, do processamento e da extração de informações dos produtos finais dos levantamentos.

Ao deixar a universidade, ainda em agosto fui convidada a assumir um cargo na empresa onde realizava estágio havia anos a Reference Agronegócios que presta serviços, principalmente, de assessoria em agronegócios, consultoria ambiental e topografia dentro e fora do Rio Grande do Sul. Ao longo da aquisição do drone na UFPel sempre levei informações para dentro da empresa sobre a “empreitada do drone” e de como poderia ser útil para a Reference otimizar muitos dos serviços oferecidos. Para minha enorme felicidade a ideia foi tomando cada vez mais força dentro da empresa e se concretizou com a aquisição de um drone igual aquele que havia sido adquirido pela Hídrica.

Assim, lembrando daquilo que citei no início, realizei aquele meu primeiro sonho: Quero trabalhar com drones!

De lá para cá venho trabalhando arduamente para ganhar know-how e competência nesta tarefa. Fotogrametria com drones não é simples, nem fácil sem investir em bastante tempo de estudo e pesquisa sobre componentes eletrônicos do drone, pilotagem, fotogrametria, softwares de programação de voo, de processamento de imagens, edição e exportação de produtos finais, aferição de qualidade e precisão, diversos itens!

Surgiram muitas situações adversas no meu caminho e tenho certeza que fariam muita gente desistir ao longo desta jornada inicial, mas nada se constrói sem determinação, vontade e entusiasmo. Em meio a essas dificuldades conheci a Droneng, que surgiu como uma grande luz a guiar meus passos na fotogrametria com drones. Passei a acompanhar o blog, ler as matérias, fiz todos os cursos que o Manoel e o pessoal da Droneng oferecem e dei um grande salto.

Eu diria que foi fundamental realizar os cursos, que são oferecidos como vídeo aulas, além de participar do grupo de discussão dos alunos. O compartilhamento das dúvidas, das soluções, toda geração de conhecimento proporcionada pelo encontro de pessoas com um objetivo em comum, a construção de uma rede de contatos de interessados em drones só foi possível graças à iniciativa da Droneng em abrir a cortina da fotogrametria ao público leigo como eu.

Participei do DroneShow este ano e foi outro momento de grande evolução, construção de contatos e conhecimento do mercado e de fabricantes de drones. Desde então venho buscando atingir meu novo sonho: Realizar fotogrametria com drones com excelência em todas as etapas!

Nos próximos capítulos vou contar com mais detalhes como foi a escolha do drone que adquirimos, experiências do dia de campo do drone, dificuldades e êxitos no processamento de imagens e geração de produtos finais, quais as demandas hoje no mercado onde a Reference atua e nossas perspectivas futuras, e muito mais! Sintam-se a vontade para me contatar e contar a experiência de vocês e dúvidas.

Até a próxima e bons voos, pessoal.

Grande abraço!

 

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