GNSS: Linha de base x Tempo de coleta

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Alguma vez durante a realização de um projeto, você já se perguntou quanto tempo seria necessário coletar dados GNSS para garantir uma boa precisão no levantamento dos pontos de apoio?

Se a resposta for sim, essa matéria é para você!

Já sabemos que não são todos os projetos que necessitam ter pontos de apoio, estes são os projetos do tipo informativo, que só queremos extrair uma informação a partir dos produtos cartográficos gerados após o levantamento (como uma distância, uma área ou até mesmo um volume).

Porém, quando o escopo do projeto terá uma fase executiva, ou seja, a partir do levantamento vai ser executado uma obra ou um projeto no terreno é necessário  um posicionamento preciso (acurácia posicional), ou seja, deve-se aplicar um método de correção, como pontos de apoio, integração PPK ou RTK.

Receptor GNSS

Quando pensamos nos dois primeiros métodos (Pontos de apoio e integração PPK), são métodos de levantamento que exigem uma base em campo coletando dados GNSS que serão pós-processados ao término do levantamento e se a base deve ficar coletando dados por um longo período de tempo, quanto tempo seria o necessário?

Um dos principais pontos que devem ser considerados para determinar o tempo de coleta é a distância que o equipamento que você usará no campo está de uma estação da RBMC (Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo) e para auxiliar a determinar essa distância, denominada linha de base, o próprio IBGE informa qual a localização de cada uma das estações e se no dia em questão ela está em funcionamento.

Localização das estações RBMC: http://bit.ly/3YhRQ7D

Distribuição das Estações RBMC

Um outro ponto que deve ser analisado é o tipo de equipamento que você está utilizando, L1 ou L1/L2 (simples ou dupla frequência) que são os tipos de sinais que o receptor está coletando e por fim, também deve-se considerar o tipo de efeméride utilizada.

As efemérides podem ser entendidas como as coordenadas dos satélites de posicionamento, as obtidas durante a coleta dos dados em campo é chamada de “transmitida”, já as “precisas” são aquelas que possuem maior acurácia na determinação da posição dos satélites, estas são fornecidas pelos órgãos responsáveis e resultam em uma melhor qualidade para o levantamento, partindo da ideia de que quanto mais precisa é a sua referência, mais acurado será o seu produto final, mas não são todas as aplicações que necessitam deste arquivo.

Considerando todas essas informações, o INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), formulou o Manual Técnico de Posicionamento utilizado para a realização do georreferenciamento dos imóveis rurais, onde descreve qual o tempo recomendado de coleta para garantir a acurácia em seu levantamento (Solução Fixa).

Tempo de coleta
Tempo de coleta x Comprimento de Linha de base (INCRA)

Portanto, ao analisar a tabela temos que quanto maior a linha de base entre o receptor e uma estação da RBMC, maior será o tempo de coleta. Além disso, na prática é recomendado a utilização de receptores de dupla frequência (L1/L2) e acabou adotando-se um tempo mínimo de 2 horas de coleta de dados, tudo para garantir redundância nas informações e maior qualidade no levantamento.

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