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O ano de 2016 marcou o Brasil. Quantos acontecimentos históricos, não? A personagem principal da dramaturgia, a tal da crise, foi lembrada muitas vezes – nunca se falou tanto nela. É claro que o país passou por momentos difíceis, com essa divulgação em massa cria-se certo receio em investir, gera aquela incerteza no ar, porém, momentos de crise geram muitas oportunidades. Como diz a célebre frase: “Na crise, tire o “s” e crie”. Dificuldades geram inovação, isso é fato.
Devido a isto, os drones, um dos personagens principais do mercado de tecnologia na atualidade ganhou destaque, já que é momento de reduzir custos e aumentar a produtividade, nada como a tecnologia para isto, não é mesmo? Mesmo em um ano difícil o mercado dos drones se comportou de maneira positiva e grandes empresas aderiram à tecnologia, como Raízen, Vale, Syngenta, Basf, Bayer, Coca-Cola, entre outras que se renderam aos robôs voadores.
Em maio de 2016 uma das principais empresas de pesquisa de mercado, a PWC, apresentou um relatório de mercado com expectativa de 127 bilhões de dólares.
Segue um trecho retirado da matéria traduzida pela DronEng: https://blog.droneng.com.br/mercado-dos-drones-expectativa-de-127-bilhoes-de-dolares/
De acordo com o relatório da PwC denominado “Clarity from above”, o valor de mercado de soluções alimentadas pelos drones é mais de US $ 127 bilhões. Este é o valor dos serviços empresariais e trabalhistas atuais que são suscetíveis a substituição num futuro muito próximo por soluções que usam os drones, de acordo com previsões da PwC. A indústria com as melhores perspectivas para aplicações de drones é infraestrutura, com o valor de mercado total de aproximadamente $ 45,2 bilhões.
Ainda de acordo com a pesquisa, os principais segmentos que utilizaram os drones são:
Em 2017 a personagem principal não está tão em evidência, já não se ouve falar mais da tal crise como no ano passado e o mercado começa aquecido para o mercado dos drones,. Diversas empresas do segmento estão avançando em seus projetos pilotos, contratações de profissionais específicos como: piloto de drones, processadores de imagem e desenvolvedores. Além disso, há uma grande expectativa da regulamentação dos drones para uso comercial sair este ano, o projeto foi apresentado para audiência pública em setembro de 2015 onde ficou por dois meses para a opinião do mercado como um todo, agora só falta o último passo, a assinatura.
Algumas iniciativas também ganharam força no ano passado, como o fórum dos empresários do setor dos drones organizado pela DroneShow e MundoGEO, criado para debater a organização e o futuro do mercado dos drones no Brasil. Está sendo criada uma associação para representar as empresas do setor e na FITIC, uma das maiores feiras de tecnologia da América Latina realizada em São Paulo, os drones tiveram destaque principal na programação.
O mercado no geral cresceu em todos os segmentos como mídia, entretenimento e esporte… sim, esporte! As corridas de drones estão cada vez mais populares e sendo transmitidas pela ESPN no Brasil. Em São Paulo ocorreu a primeira corrida oficial na Galeria do Rock. O mercado de mapeamento aéreo segue sendo o mercado de maior valor agregado e tem crescido exponencialmente também.
Dentro do mercado de mapeamento aéreo com drones (engenharia) onde estamos posicionados, notamos que as empresas estão saindo da especulação e colocando a mão na massa. Tem crescido também o número de pessoas que querem empreender no segmento pois a tecnologia é relativamente nova e muitos empreendedores querem inovar em suas regiões. Uma frase que ouvimos constantemente dos clientes é “Quem chega primeiro, bebe água limpa” e eu concordo plenamente, desde que o serviço seja corretamente executado.
Com todo esse potencial é natural que surjam oportunistas no mercado, mas naturalmente o próprio mercado vai selecionando quem fica e quem sai. Algumas empresas que nasceram já morreram por não conseguir entregar o que prometeram ou por não conseguir cumprir os requisitos mínimos de qualidade. Isso ocorre pois as empresas contratantes não sabem como avaliar a qualidade do serviço na hora da contratação, mas a experiência traz maturidade e o mercado vai se formando.
É evidente que o mercado dos drones segue crescendo mesmo na crise. Sendo assim, vou deixar algumas dicas de como você pode planejar sua entrada da melhor maneira possível.
O primeiro passo é entender qual é o seu perfil. Se é empreendedor, alguém que vai abrir um negócio, ou seja, que vai trabalhar o negócio e não no negócio, a dica é que você conheça de forma geral as etapas e processos que envolvem o mapeamento aéreo e principalmente os produtos gerados e como analisar a qualidade dos mesmos, visto que é muito importante que você saiba como faz para cobrar quem faz.
Outra dica é focar no desenvolvimento do cliente (o que talvez seja a parte mais difícil do negócio). A dica é aproveitar o seu networking: se você não possui entrada, aproveite sua rede de contatos e faça uma pesquisa com eles para saber de possíveis interesses e desenvolva projetos pilotos. Uma boa maneira de fechar um projeto maior é oferecendo um piloto de entrada sem custos para o cliente, após ver os resultados na sua própria área, será mais fácil aderir ao projeto.
Outra dica que na verdade deveria ser uma regra é presar pela qualidade. Por incrível que pareça existem muitas empresas “metendo o pés pelas mãos” por não oferecer qualidade em seus projetos. A tecnologia é nova, naturalmente há um receio em investir… se você não entrega algo de qualidade pode fazer com que este cliente desacredite da tecnologia.
Caso sua situação não seja a descrita acima, você tem um perfil mais técnico e deseja trabalhar no negócio, ou seja, na execução do mapeamento aéreo. A primeira dica é entender em qual fase do projeto você quer trabalhar. Se o seu desejo é pilotar a aeronave é importante que além do domínio da pilotagem do equipamento, você saiba realizar o planejamento de voo. A partir daí entram outra especificidades, por exemplo: se a aeronave é do tipo asa fixa recomendo aprender a manipular o Mission Planner que é um software gratuito utilizado pela maioria das empresas e mesmo que utilize outro software o conhecimento adquirido pode ser utilizado tranquilamente.
Já se seu interesse é no processamento de imagens é recomendado que você domine as etapas do processamento e os requisitos técnicos envolvidos no processamento, a ideia é que você entenda os conceitos e não necessariamente o processo (sequência de botões a serem apertados), isso tornará um profissional diferenciado que terá condições de resolver os eventuais problemas que surgem em um projeto.
O conhecimento dos principais softwares do mercado como o Agisfot PhotoScan Professional (Russo), Pix4D Mapper (Suíço), Menci APS (Italiano), Trimble UAS Master (Alemão) também é um diferencial. Além disso, terá destaque no mercado profissionais com formação em geotecnologias, seja em um curso de engenharia ou técnico, esta experiência irá agregar em suas tomadas de decisão.
Após entender o seu perfil procure informações que possam complementar o seu conhecimento e agregar em seu objetivo, independente do perfil uma coisa é certa, você terá que se dedicar em sua capacitação teórica e principalmente prática, não há segredo, a persistência leva ao êxito.
Espero ter ajudado você a entender um pouco mercado e seu perfil, caso você tenha alguma dúvida deixe nos comentários que irei respondê-la.
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