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Na aerofotogrametria, o GSD é uma das variáveis mais importantes e é a primeira que deverá ser definida no projeto, afinal, ela garante a resolução espacial do seu mapeamento, ou seja, o nível de detalhamento e também a acurácia (qualidade posicional).
A escolha do GSD além de influenciar diretamente na nitidez do projeto, irá afetar também a capacidade do mapeamento, uma vez que para aumentar o nível de detalhamento é necessário sobrevoar mais baixo, com isso será coberto uma porção menor do terreno, e por conseguinte uma área menor a ser mapeada.
Caso queira se aprofundar nos primórdios dessa definição, temos uma matéria que explica a relação entre altura de voo e o nível de detalhamento do terreno (https://blog.droneng.com.br/variacao-de-gsd/), e outra, com foco na variação do valor do GSD para os principais modelos de drones (https://blog.droneng.com.br/gsd-para-cada-modelo-de-aeronave/). Fica a sugestão de leitura como material complementar!
Essencialmente, o que você deve saber é: O tamanho do GSD é inversamente proporcional ao nível de detalhamento, ou seja, quanto maior o GSD, menor é o nível de detalhamento e quanto menor for o GSD, maior será o nível de detalhamento. Já em relação à capacidade de mapeamento esta relação é proporcional, quanto maior o GSD, maior a área mapeamento, quanto menor o GSD, menor será a área mapeamento em um único voo.
De maneira análoga, para aumentar a capacidade de mapeamento, o tamanho do GSD deve ser aumentado, e como consequência perderá detalhamento (nitidez).
Para exemplificar a relação citada, nada como um exemplo visual. Repare nas imagens acima, ambas estão representando uma mesma área com tamanhos de GSD diferentes, isto é, resolução espacial distintas. Na primeira imagem onde o GSD é de 10 cm a imagem é bem nítida, já na última imagem onde o GSD é 2 metros (200 cm) a imagem perde a definição.
Em termos práticos, se você tem um GSD de 10 cm, todos os objetos menores que 10 cm não serão representados no mapeamento. Nem sempre escolher o menor GSD é a melhor escolha, pois como vimos isso diminui a sua capacidade de mapeamento, acarretando em mais voos, mais dias de campo e mais custos, por isso, é importante você equacionar a sua escolha para garantir uma boa relação custo x benefício.
Portanto, a escolha do GSD é uma das principais etapas do planejamento do voo, ao conversar com o seu cliente você deverá entender o problema que ele possui e quer solucionar através do mapeamento aéreo e escolher um GSD que atenda este propósito.
Para definir o melhor GSD é necessário inicialmente entender qual é o objeto de interesse no terreno e qual o seu tamanho, depois qual é o erro máximo que o projeto tolera, em seguida, quantos dias você terá para entregar o projeto final e por final – mas não menos importante – qual é o investimento disponível para o projeto.
O desafio é equacionar essas variáveis e encontrar um GSD que atenda todas elas oferecendo um bom custo x benefício do projeto, tanto para o cliente, quanto para você que irá prestar o serviço.
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