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No dia 14/03/2019, o gerente de produto Métrica – tecnologia, Gustavo Peres, foi o primeiro a conduzir as aulas.
Neste workshop foi apresentando aos alunos como realizar o cadastramento urbano e cálculo de IPTU a partir do mosaico de ortofoto utilizando os softwares desenvolvidos pela Métrica Tecnologia. O Gustavo iniciou sua apresentação comentando os principais desafios desse tipo de projeto, logo após, demonstrou como selecionar os desafios através do Métrica City.
O palestrante explicou aos alunos que, levando em conta a quantidade de imóveis irregulares no Brasil, sendo estes núcleos urbanos, o maior desafio dos gestores é encontrar mecanismos eficientes e economicamente viáveis para acompanhar a expansão da cidade e planejar a evolução do município.
E então, a arrecadação de IPTU é uma das principais fontes de receitas para a prefeitura. Por isso, um cadastro atualizado ajuda no desenvolvimento do município, cumpre com a Lei de Responsabilidade Fiscal e também promove aumento imediato da arrecadação.
Além disso, Gustavo também comentou sobre a oportunidade de mercado. No Brasil há 5570 municípios, destes, mais de 90% são cidades com menos de 100 mil habitantes, portanto, oportunidade para oferecer o cadastramento e IPTU com valor acessível através dos drones.
Hoje, a tecnologia auxilia cada vez mais os profissionais, ainda mais com a utilização de drones e ortofotos.
PERGUNTAS
Abaixo seguem alguma dúvidas que foram feitas durante a apresentação.
Fernando Melo: Como é feito a vetorização das construções de áreas edificadas . existe algum software que faça isso automaticamente ?
Gustavo: “Existem algumas aplicações já inteligentes de geoprocessamento, em sensoriamento remoto, que fazem análise interpretativa de imagens, que você treina o software, e ele interpreta a imagem de alguma maneira. Agora, de fato, a automação pra você vetorizar, eu não conheço e acredito que é um viés de desenvolvimento para otimizar algumas vetorizações, mas o ser humano ainda é a maior ferramenta para você vetorizar”.
Artur Marcial Alexandrino de Oliveira: Tenho certeza que software Métrica City é sensacional, porém quais são as outras opções víaveis presentes e em utilização pelo mercado?
Gustavo: “Sinceramente, que você tenha tudo unificado eu não conheço, lógico que você tem outros sigs, que são normalmente genéricos e aí as pessoas acabam configurando e deixando caracterizado para fazer isso, mas aí é genérico”.
Na segunda aula, o Engenheiro Cartógrafo e fundador Droneng, Manoel Silva Neto, apresentou aos alunos as principais oportunidades no mercado de mapeamento aéreo passando pelos diferentes segmentos da engenharia.
Durante a palestra, primeiro foi feito uma revisão do que é o mapeamento aéreo, os tipos de sensores marcados nos drones e os produtos gerados. Feito a revisão, foi mostrado aos alunos às oportunidades do mercado de trabalho, sejam elas:
-Na agricultura.
-No meio ambiente.
-Na mineração.
-Construção Civil.
-Projetos aplicados em ambiente urbano (por exemplo, prefeituras).
Por fim, foi explicado aos participantes que nem sempre o maior mercado é o melhor. Buscando definir esse aspecto, existem alguns fatores a serem listados, como o conhecimento, lista de contatos, região que mora e quanto tem para investir. Portanto, critérios como esses devem ser levados em consideração para conseguir escolher qual o melhor segmento.
PERGUNTAS
Segue abaixo duas dúvidas apresentadas durante o workshop.
Flávio Alberto de Souza Coelho: Em caso de levantamentos urbanos com voos acima de 150m com vante, é necessário cadastro no Ministério da Defesa? Ou só ANAC e DECEA?
Manoel: “Flávio, o Ministério da Defesa lançou uma liminar em dezembro de 2018 atualizando alguns pontos, como recomendação pegue isso e estude. De forma geral, para você gerar dados aeroespaciais você precisa de autorização no Ministério da Defesa, porém teve essa atualização em dezembro de 2018, com essas questões de drones, então vai lá, vê o que precisa, pra conseguir se inscrever”.
Artur Marcial Alexandrino de Oliveira: Existem soluções de sensores multiespectrais que possam ser adaptados ao phantom de forma segura e confiável?
Manoel: “Artur, seguro e confiável não. O phantom foi desenvolvido para aquela câmera que vêm nele, para aquele peso e configuração. Você vai colocar um peso a mais nessa aeronave, onde os motores não estão preparados para isso, então sendo sincero, de forma segura e confiável não, pensa que você vai colocar um sensor de 30 mil reais em uma aeronave de 8 mil”.
INTERAÇÕES
Com a participação de mais de 360 pessoas, alguns alunos contaram à Droneng as repercussões das palestras.
Djalma Dionizio da Silva Filho, de Pernambuco, contou à Droneng que está gostando muito das aulas. “Todos que deram as aulas foram super prestativos e com uma boa didática. Curso engenharia civil em Pernambuco e o mercado de drones aplicado à engenharia ainda está em crescimento, então com o workshop e futuramente com um curso de vocês, irei me capacitar para fazer um trabalho de qualidade”, termina.
De São José do Rio Preto, Daniel Zapaterra Pavarin, falou sobre as aulas da quinta-feira: “Eu já trabalho com recadastramento imobiliário, porém é sempre bom interagir com o mercado, para sentir a evolução das operações como um todo e saber se estamos no caminho certo… Inclusive o grupo do WhatsApp tem sido uma ótima ferramenta de interação!”.
Kauan Lourenço Cappato, que atualmente mora na França, em intercâmbio, também está acompanhando as aulas da semana de workshops. Ele disse à Droneng: “As aulas ontem, (14/03), foram bem produtivas, muito claras e inspiradoras”.
PARA NÃO ESQUECER
Esta semana de workshops inteira está disponível na plataforma de cursos da Droneng. É só ir lá e não perder nenhum conteúdo.
Para isso, é só clicar no link a seguir: https://cursos.droneng.com.br/curso/semana-de-workshops-topografia-com-drones/
Aproveite todo o conteúdo e fique por dentro dessa área que não para de crescer!