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Recentemente, especificamente no dia 12 de março de 2025 a DJI finalmente liberou o SDK do Mini 4 Pro. É uma boa notícia para aqueles que usam o drone para aerolevantamentos, mesmo que a novidade só tenha chegado um bom tempo após seu lançamento em 2023.

Você deve lembrar que o SDK trata-se de um kit de desenvolvimento que permite acessar e controlar o dispositivo internamente, sendo muito utilizado por aplicativos de voo automatizados, visando adaptar suas plataformas para modelos que são lançados anualmente. No caso da DJI, a liberação é feita para algumas linhas específicas da marca e geralmente ocorre depois de anos do seu lançamento.
A partir de agora, aplicativos como DroneDeploy, Dronelink, Pix4D Capture, e outros, poderão se adaptar para trabalhar com o DJI Mini 4 Pro e executar voos automatizados para diversas finalidades como mapeamento, inspeção, reconstrução 3D e agricultura de precisão.
O ponto negativo, no entanto, é que o SDK foi liberado apenas para dispositivos android e só poderá ser utilizado em smartphones conectados a controles remotos sem tela integrada. Além disso, o drone precisa ter o firmware mais atual instalado. Veja mais detalhes aqui.

A DJI tradicionalmente libera o SDK para os drones da linha Mini. Ela é composta por modelos de entrada, mas que a cada ano vêm surpreendendo com suas especificações técnicas. Corpo compacto e leve, câmeras de alta resolução, baterias de maior autonomia e preço são alguns dos atrativos que tornam o Mini 4 Pro uma opção para os profissionais que buscam utilizá-lo em aerolevantamentos.
Com relação ao investimento, os drones da linha mini são uma boa opção para quem está fazendo a primeira aquisição e não pretende investir uma quantia alta logo de início. Modelos como DJI Mini 3 e DJI Mini 4 Pro custam em média R$ 8.000,00 com kit Fly More, enquanto os drones da linha Mavic e Air (Air 2s, Air 3, Mavic 2 Pro) custam em torno dos R$ 14.000,00. Além disso, drones mais especializados como os da linha Enterprise partem dos R$ 27.000,00.
A seguir, trazemos uma tabela que compara o Mini 4 Pro com alguns dos modelos de drones mais usados na aerofotogrametria.
DJI MINI 4 PRO | DJI MINI 3 PRO | AIR 2S | MAVIC 3E | |
Peso | 249 g | 249 g | 595 g | 1050 g |
Dimensões (dobrado) | 148×94×64mm | 148×90×62 mm | 180×97×77 mm | 221×96,3×90,3 mm |
Sensor da câmera | CMOS de 1/1,3″ | CMOS de 1/1,3″ | CMOS de 1″ | CMOS de 4/3” |
Vídeo | 4K a 100fps | 4K a 30 fps | 5,4K a 30 fps | 4K a 30 fps |
foto | 48MP | 48MP | 20 MP | 20 MP |
Alcance | 20 KM | 10 KM | 12 KM | 15 KM |
Bateria | até 3850 mAh | até 3850 mAh | 3750 mAh | 5000 mAh |
Autonomia | até 45 minutos* | até 40 minutos* | 31 minutos | 45 minutos |
Velocidade máxima | 16 m/s | 16 m/s | 19 m/s | 15 m/s |
Resistência máxima ao vento | 10,7 m/s | 10,5 m/s | 10,7 m/s | 12 m/s |
Ano de lançamento | 2023 | 2022 | 2021 | 2022 |
GSD aproximado a 120 m de altura | 4,3 cm | 4,3 cm | 3,5 cm | 2,7 cm |
* Com bateria de voo inteligente Plus
Quanto à produtividade do DJI Mini 4 Pro, não é possível estimar com certeza porque seu desempenho em campo para o mapeamento aéreo ainda está se desenvolvendo conforme os aplicativos de voo são atualizados. Atualmente, apenas o Dronelink está compatível. Mesmo assim, podemos esperar que o modelo tenha um desempenho semelhante ou superior ao do DJI Mini 3 Pro, já que ambos possuem a mesma câmera, dimensões e peso, mas a autonomia de bateria é um pouco maior no modelo mais recente.
Nesse sentido, trazemos a seguir uma tabela que compara a área mapeada (em hectares) com alguns modelos da DJI considerando apenas 1 bateria, um plano com sobreposições 80% x 80% e GSDs de 2, 5 e 10 centímetros/pixel.

Outra alternativa, é possível criar missões automáticas de mapeamento para o Mini 4 Pro usando o aplicativo WayPointMap. Ele permite criar missões de waypoints que simulam o formato de uma missão de mapeamento. Saiba mais lendo nossa matéria e tutorial sobre o aplicativo: https://blog.droneng.com.br/mapeamento-com-waypointmap/.

Conclusão
A liberação do SDK para o Mini 4 Pro representa um avanço significativo para profissionais que utilizam drones em aerolevantamentos, oferecendo mais acessibilidade e flexibilidade na automação de voos. Apesar das limitações iniciais, como a restrição ao Android e a necessidade de um controle remoto sem tela integrada, a novidade amplia as possibilidades de uso desse modelo, que já se destaca pelo equilíbrio entre custo e desempenho.
Com isso, a linha Mini continua se consolidando como uma alternativa viável para quem busca qualidade e eficiência sem um investimento inicial tão alto. Vale ressaltar que os desenvolvedores dos aplicativos de voo agora vão se debruçar para atualizar as funções com o novo modelo. Isso deve levar um tempo.
Por isso, fique de olho nas páginas oficiais do aplicativo de voo que você usa para saber se a atualização foi liberada. Ou confira também nossa tabela de compatibilidade dos drones com os aplicativos que já testamos: Compatibilidade de Drones.