Drone e Meio Ambiente: Inovação e Sustentabilidade a favor da Cana-de-açúcar

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Nas últimas décadas a consciência ambiental vem crescendo exponencialmente.

As novas gerações possuem uma preocupação maior com o reflexo das atividades do mercado ao meio ambiente e hoje diversos seguimentos estão preocupados em alinhar a sua produção com práticas sustentáveis que irão garantir o futuro das próximas gerações.

Em razão da necessidade de uma nova fonte renovável de energia para substituir o Petróleo e de tratados globais como o Protocolo de Kyoto para a preservação do meio ambiente, o setor sucroalcooleiro brasileiro ganha destaque pelo fato de a cana-de-açúcar gerar crédito de carbono.

 

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A associação de três fatores independentes: a qualidade do solo, as condições climáticas e a tecnologia de ponta desenvolvida na área agrícola colocaram a cana-de-açúcar Brasileira como uma das mais promissoras fontes de biomassa, ou seja, de energia renovável do planeta.

Em 2010, A Agência de Proteção Ambiental americana (EPA, na sigla em inglês) classificou o etanol de cana-de-açúcar como um combustível avançado, capaz de reduzir as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) de 61% a 91% em relação à gasolina. O cálculo do EPA considera inclusive as potenciais emissões indiretas causadas por mudanças no uso do solo, o chamado ILUC.

Em termos absolutos, a redução anual de emissão de gases de efeito estufa advinda do consumo de etanol e bioeletricidade poderá crescer das atuais 46 milhões de toneladas de CO2eq anuais para 112 milhões de toneladas no ano de 2020.

Para reforçar seu compromisso com o meio ambiente, o Estado de São Paulo adotou, em 2007, o Protocolo Agroambiental do Setor Sucroalcooleiro, com o objetivo de substituir a queima da palha pela colheita mecanizada. Na safra de 2012, a utilização da colheita limpa superou a marca de 70%. Cerca de 90% do parque agroindustrial e mais de 5,6 mil fornecedores de cana, por meio de suas associações, já aderiram ao protocolo, que pretende extinguir a queima até 2017.

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Esta iniciativa além de trazer ganhos para o meio ambiente também trouxe ganhos para o próprio setor, que descobriu nas geotecnologias um grande aliado para melhorar a sua produção e diminuir os seus custos, o plantio e colheita por meio de máquinas movidas a GPS trouxe ganhos de 4% a 6% na produção além de reduzir drasticamente os efeitos negativos ao meio ambiente como as queimadas.

O Drone é o mais recente avanço tecnológico do mercado de geotecnologias, geralmente uma nova tecnologia demora de 5 a 10 anos para se popularizar.

Os Drones em dois anos já conquistaram inúmeros adeptos em todo o mundo, este mercado chegará a 13,2 bilhões de dólares nos EUA e o mercado da agricultura será responsável por 80% deste impacto.

O Drone é considerado uma tecnologia limpa por ser movido a eletricidade, portanto, não emite poluentes como os aviões tripulados. Um novo estudo diz que a poluição de aviões causa mais fatalidades que os acidentes e pesquisadores afirmam que a exposição a poluentes tóxicos emitidos por aviões é a causa principal.

 

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O chefe do estudo, Steven Barrett, engenheiro aeronáutico do Massachusetts Institute of Technology (MIT), em Cambridge, diz: “Descobrimos que emissões não reguladas acima de mil metros foram responsáveis pela maioria das mortes”.

O estudo calculou que cerca de 8 mil mortes ocorrem por ano da poluição de aviões que voam a mais de 10 quilômetros de altura e duas mil como resultado da poluição durante decolagens e aterrissagens, informa o About My Planet. O trabalho foi publicado pela National Geographic.

Assim como o GPS, os Drones serão a próxima grande revolução na gestão estratégica da cana-de-açúcar. Esta tecnologia fornece dados únicos como levantamento de falhas no plantio e análise da saúde da vegetação que aumentará a eficiência da produção e diminuição de custos, aliado aos ganhos ambientais, esta técnica é o futuro para o setor sucroalcooleiro.

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