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No post anterior você conferiu que a Engenheira Cartógrafa Silvia Ferreira irá abordar na DroneMap Tech o assunto Topografia com Drones. Hoje trazemos para você uma entrevista exclusiva com o Marcos Batista que é Topógrafo, Agrônomo e proprietário da empresa MBP Agro e Paulo Henrique, formado em Ciência da Computação e responsável pela implementação dos drones na empresa.
Como era a empresa antes? Como é agora? Quais foram as principais dificuldades e desafios de inovação? Qual é a perspectiva desse mercado? Tudo isso você confere a partir de agora. Então role a barra para baixo e continue lendo!
O início…
Marcos Batista formou em topografia em 1991, trabalhou dois anos nessa área e em seguida formou-se em Agronomia em 1998, trabalhou cinco anos na área de pesquisa em uma multinacional. Em 1999 ocupou-se durante 13 anos desenvolvendo pesquisas e consultorias em uma propriedade privada.
Em 2011 trabalhou junto com um amigo na área de agricultura de precisão culminando que em 2012 assumiu toda a parte de consultoria em Jataí – GO, trabalhando com consultoria, assistência técnica e agricultura de precisão.
Com o advento de novas tecnologias, a empresa sentia a necessidade de inovar e otimizar os processos. A partir de 2015, o caminho de Marcos Batista e Paulo Henrique se cruzaram. Paulo entra na empresa e começa fazer um estágio e ao final do estágio, o Marcos solicitou que ele começasse a introduzir os drones na organização para atender uma demanda crescente na região.
Inovação e parcerias…
Mas antes de mais nada, deixe-me apresentá-lo para você. Paulo Henrique é Bacharel em Ciências da Computação pela Universidade Federal de Goiás. Ele sempre gostou de tecnologias embarcadas e móvel, trabalhou com tecnologias mobile para Androides e IOS e no final da faculdade estagiou em uma empresa agrícola de consultoria e percebeu que havia um mercado para empresas de tecnologias móveis que pudesse de alguma forma ajudar os agrônomos da região.
Ele trabalhou um ano na parte de agricultura de precisão e convenceu a empresa a apostar nos drones. A empresa já tinha interesse em investir nessa área e o Paulo foi estudar para consolidar esse desejo. Em 2015 percebeu que coletar dados não era uma tarefa fácil, pois as áreas agrícolas são muito grandes e foi aí que surgiu a ideia de utilizar os drones e extrair essas informações. Então foi o Paulo que apresentou essa proposta para o Marcos que logo começaram a fazer pesquisa, validar, fazer cursos e se capacitar.
Segundo Marcos Batista “a partir da introdução da agricultura de precisão foi muito difícil pela questão de custos porque trabalhar com ambiente de sólido aumenta o nível de investimento, porém é possível identificar e obter informações para praticar as correções”, explica.
Segundo Marcos Batista “na época, introduzir a agricultura de precisão foi muito difícil, principalmente pelos custos, que na época exigia alto investimento principalmente para coletar amostra de solos”, devido a isto, ele já sabia as dificuldades iniciais de implementar uma inovação no segmento.
Os drones permitem enxergar com uma visão única toda a propriedade em especial na cultura da soja, do milho e feijão para agregar valor ao trabalho e levar informações mais precisas para o produtor.
Conflitos e dificuldades…
Marcos lembra que as dificuldades de introduzir os drones no mercado agrícola são bem parecidas com as que ele passou quando introduziu a agricultura de precisão na região, mas que após validar a tecnologia e provar o retorno, o mercado passar a reconhecer o uso da tecnologia.
A partir daí iniciou-se a extração de informações, projeto de plantio, altimetria de projetos, entre outros. As maiores dificuldades iniciais, conforme avalia Paulo Henrique, era o custo dos drones que na época custavam cerca de 130 mil reais, a segunda barreira foi a parte de processamento de dados para entregar as soluções ao cliente.
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Que resultados obtiveram?
Em relação aos resultados, o trabalho de agricultura com drones trouxe grande potencial de resultados, isso porque a produtividade é eminente, pois é possível mapear mil hectares em um só dia facilitando a coleta de dados, isso permite avaliar a área como um todo permitindo uma análise clínica das lavouras dos clientes.
“Nossa rotina de trabalho mudou bastante, eu fico responsável por ir a campo coletar as imagens dos plantios, processar as imagens e gerar os mapas, no escritório o Marcos fica responsável por interpretar e decidir de forma mais assertiva quais ações serão tomadas em campo em cima dos projetos gerados”, afirma, Paulo Henrique.
Marcos explica que quando não tinha o mapeamento com drones ficava muito difícil percorrer grandes áreas e realizar o manejo integrado.. “Agora com os Drones é possível identificar pragas e doenças durante o processo o que faz com que viabilize a tomada de decisão para a próxima safra verificando a parte de fertilidade, compatibilização.”
Antes da entrada do dones na MPB Agro era realizado uma média dos problemas o que hoje é possível fazer com a totalidade de precisão dos problemas. O drone permite coletar a curva de nível e integrar com os tratores que possuem pilotos automáticos embarcados, fazer projetos de plantio em nível em áreas com bastante declives, ou seja, bastante agilidade e precisão.
Outra inovação que a empresa percebeu com a entrada dos drones nos processos foram os mapas de análises fitossanitárias e cálculo de falhas em cana-de-açúcar, um leque de oportunidades muito grande para a organização. “Hoje é impossível pensar nos processos da empresa sem os drones e a agricultura de precisão, a integração dos dois elevaram a qualidade dos produtos que oferecemos”, explica, Paulo Henrique.
E o Agrônomo Marcos Batista afirma categoricamente: “quem ganha com isso é o produtor que consegue fazer correções de doenças, infertilidades e pragas agregando valor para as próximas safras.”
Workshop e Palestra na DroneMap Tech
Se você ficou curioso para saber os detalhes dessa implantação na MPB Agro, o Marcos Batista e o Paulo Henrique estarão na DroneMap Tech ministrando a palestra de Sistematização de Áreas Agrícolas que irá mostrar como são feitos a captação de dados, a curva de nível, projeto de plantio e a integração do drone para o trator.
Além disso, eles estarão no Workshop NDVI e NDRE de forma bem prática, didática e com cases de sucesso.
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