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De acordo com uma matéria publicada na Revista FotoVolt, pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, no primeiro trimestre de 2020, o Brasil registrou a marca histórica de 200 mil conexões de geração distribuída solar fotovoltaica.
São 2,3 gigawatts de potência instalada da fonte solar na microgeração e minigeração distribuída, que representam 99,8% de todos os sistemas da modalidade. Desde 2012 já foram mais de R$11,9 bilhões em investimentos privados, espalhados pelas cinco regiões do país.
Ainda segundo a Associação Brasileira Solar Fotovoltaica, somente nos primeiros 6 meses de 2020, a solar fotovoltaica foi responsável pela geração aos brasileiros de mais de 41 mil empregos.
Nosso país possui um dos melhores recursos solares do planeta e, com isso, tem assumido uma posição cada vez mais destacada no desenvolvimento e uso da tecnologia fotovoltaica. De acordo com a apuração da ABSOLAR, com base em dados da Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA), o Brasil assumiu a 16ª posição no ranking mundial da fonte solar fotovoltaica.
Dados retirados dos sites:
http://www.absolar.org.br/noticia/blog/energia-solar-o-marco-legal-para-a-geracao-distribuida.html
http://www.absolar.org.br/infografico-absolar.html
Mas, o que é e para que serve a energia solar?
A energia solar é uma energia:
- Alternativa
- Renovável
- Sustentável
Ela possui diversas funções, pois utiliza o sol como fonte de energia. É uma forma limpa e sem danos à natureza, capaz de gerar energia elétrica com um grande aproveitamento. O calor e a luz solar são umas das fontes mais aproveitáveis e promissoras de energias do mundo.
Principais benefícios da fonte ao Brasil
- Esfera Socioeconômica
Redução de gastos com energia elétrica para a população, empresas e governos, trazendo economia para a sociedade.
Líder em geração de empregos locais de qualidade, adicionando de 25 a 30 empregos por MW/ano.
Atração de capital externo e novos investimentos privados ao país.
- Esfera Ambiental
Geração de eletricidade limpa, renovável e sustentável, sem emissões de gases de efeito estufa, sem resíduos e sem ruídos.
Não precisa de água para operar, aliviando a pressão sobre recursos hídricos escassos.
Baixo impacto ao meio ambiente.
- Esfera Estratégica
Diversificação da matriz elétrica brasileira com uma nova fonte renovável, aumentando a segurança no suprimento de energia elétrica.
Redução de perdas e postergação de investimentos em transmissão e distribuição.
Alívio da demanda elétrica em horário diurno, reduzindo custos aos consumidores.
Usinas solares fotovoltaicas do Brasil
Na cidade sede da Droneng, Presidente Prudente, também se encontra uma das maiores usinas solares fotovoltaicas do Brasil.
Localizada na Universidade do Oeste Paulista, UNOESTE, segundo a empresa com a instalação deste tipo de energia é estimada uma economia média mensal de 80%.
A Unoeste torna-se autossustentável na geração de energia e ainda colabora com o meio ambiente, utilizando-se de uma fonte limpa. Com 3,12 megawatts (MWp) de potência, trata-se de uma das maiores usinas solares fotovoltaicas do Brasil no modelo de geração distribuída autoconsumo – até 5MW – e a maior do Estado de São Paulo, segundo a Secretaria de Insfraestrutura e Meio Ambiente do governo paulista.
Informações retiradas do site:
Drones são a ferramenta da vez em projetos de energia solar
Quais são as aplicações mais interessantes?
- Geração da topografia do terreno e projeto de terraplanagem para a implantação das placas;
- Geração de ortomosaicos muito mais precisos do que os de satélite, para iniciar uma extrusão 3D no software PV*SOL;
- Modelagem 3D de casas ou prédios já na escala correta;
- Inspeção da cobertura sem necessidade de subir na estrutura;
- Acompanhamento da obra e inspeção do sistema instalado;
- Verificação termográfica de usinas (um serviço tipicamente terceirizado, devido ao custo do equipamento e a experiência necessária em avaliar as imagens).
De frente com essa alta demanda do uso de energia solar, a DJI, que é considerada líder mundial em drones para uso civil e em tecnologia de imagens aéreas, lançou em Abril deste ano (2020), o modelo DJI Matrice 210 RTK V2, que tem como principal objetivo a otimização de todo o processo de inspeção exigido no mercado de energia.
O drone possui um sensor térmico XT2 e sensores próprios que permitem a inspeção em grandes distâncias e a detecção de painéis solares que estejam precisando de manutenção. O equipamento coleta imagens RGB térmicas de alta resolução, e esse tipo de produto gerado no voo faz com que o trabalho seja reduzido em até 70%, quando comparado com o método tradicional de avaliação individual das placas solares em campo.
E este Modelo DJI Matrice 210 RTK V2 pode ser utilizado para o mapeamento aéreo? A resposta é sim. O equipamento é suportado por um dos aplicativos mais intuitivos e utilizados no momento: o Drone Deploy. Vale lembrar que este aplicativo de voo automatizado não permite a funcionalidade do RTK, para isto, é necessário utilizar o aplicativo próprio da Dji o Ground Station PRO.
É importante ressaltar que o uso deste modelo é recomendado para o objetivo de análise termográficas, toda a parte de análise do terreno, topografia, mensurações, terraplenagem, acompanhamento do projeto pode ser realizado com qualquer drone da linha Dji que seja compatível com os app de voo automatizado.
Exemplo na prática: Análise visual
Além da parte de inspeção das placas solares que já foi comentada, o drone está sendo utilizado no momento que antecede a instalação também, pois otimiza todo o processo de análise do melhor local para colocar os painéis. A imagem abaixo é um exemplo de imagem capturada com um Phantom 3 Professional, e a flecha aponta a casa que estava em análise:
No método tradicional, o profissional responsável teria que subir no telhado para verificar o local da casa que bate mais sol para colocar as placas. Um serviço que talvez duraria uma hora, durou cerca de 10 minutos, sem contar no risco de acidente que também foi evitado. Nesse caso foram utilizadas apenas as fotos aéreas (câmera não necessariamente a 90 graus), sem passar por um processamento de imagens.
Exemplo: Mensuração do telhado
Já para realizar a mensuração do telhado e saber quanto o espaço mede em metros, para colocar o tamanho exato do painel solar, é necessário que uma metodologia de Mapeamento Aéreo seja pensada, assim como o planejamento de voo com parâmetros específicos.
Depois de aplicar o voo automatizado utilizando os aplicativos disponíveis no mercado, é necessário processar as imagens e gerar o ortofotomosaico, que é onde as medidas serão feitas de maneira direta, observe:
Já pensou fazer esse procedimento em campo? A inserção do drone juntamente com o processamento das imagens, resulta em uma otimização muito benéfica no processo. O passo posterior da coleta desses dados já é a própria instalação das placas mesmo, e é um processo braçal que ainda não pode ser otimizado.
Para mais informações sobre os 2 modelos de drones comentados nessa matéria, acesse o site da DJI: https://www.dji.com/br/matrice-200-series-v2/info#specs
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– Qual a precisão alcançada?
– Quando utilizar a Estação Total ou o Drone?